Não há risco de desativação da Cia. Hering do Bom Retiro em razão da fusão

Espaços ociosos poderão ser transformados em ambientes de inovação 

Foto Drone: Kako Waldrich

A convite da Cia. Hering, o VIVER BOM RETIRO participou de uma entrevista coletiva online com Fábio Hering, diretor Presidente da empresa e futuro presidente do Conselho de Administração. A conversa por meio de plataforma digital, ocorrida na tarde desta quarta-feira, reuniu os veículos de imprensa de Santa Catarina. Como pauta principal, detalhes da fusão da Cia com o Grupo Soma e como ficam as operações em Santa Catarina.

Na conversa, o executivo respondeu perguntas dos jornalistas. Ao Viver Bom Retiro, assinalou que o parque fabril do Bom Retiro permanece como está, na condição de Matriz da Cia. Hering, e agora com novas oportunidades de crescimento. Do mesmo modo, as outras operações no Vale do Itajaí.

Evoluções estão sempre sendo avaliadas e isso inclui a ocupação dos espaços ociosos na unidade do Bom Retiro. Para tanto, a intenção é dar sequência a uma série de projetos anteriores. Dentre as alternativas, promover o surgimento de um coworking e ambientes de inovação, onde as universidades seriam chamadas para utilizá-los. “Teremos oportunidades que serão construídas em cima dessa economia nova e moderna, preconizando a inovação”, destacou o executivo.

Do mesmo, garantiu a continuidade do trabalho da Fundação Hermann Hering, hoje com gestão própria e recursos oriundos de diversas fontes, incluindo os dividendos como cotista da Cia. Hering e agora do novo grupo formado, a partir da fusão.

Sobre a fusão

Fábio relembrou que Família Hering seguia como a maior acionista antes do anuncio da fusão, mas não era mais acionista controladora. Isso se deu a partir de um processo no mercado de IPO – Uma oferta pública primária, quando uma quando uma empresa emite novas ações ou cotas de fundos para investimentos vendidos diretamente ao público.

Nas últimas décadas, a Cia. também já havia realizado uma movimentação significativa no parque industrial. Transferiu, por exemplo, a área de confecção para outros estados, como Goiás.

Ao ser indagado sobre o sentimento de perda por parte da comunidade blumenauense e o risco da marca Hering sumir do mercado, como já ocorreu em processos que envolveram outras empresas tradicionais da região, Fábio assinalou que a associação com a Soma é bem diferente. “Não é uma transação de compra e venda pura. Tem a preocupação e foco do Grupo com as pessoas. Hoje não se faz mais fusões com foco no custo”, esclareceu.

E para quem insiste dizer que Blumenau perdeu mais uma empresa, o executivo foi enfático: “Caro amigo, você está absolutamente enganado. A cidade não perdeu mais uma empresa. A cidade ganhou a associação de outra incorporação. Estamos focados na formação de um grande grupo de moda. A cidade ganha oportunidades de desenvolvimento e crescimento. Esse é um mundo novo e não há razão para se vitimizar. Blumenau não está perdendo a Hering”, sentenciou.

Garantiu ainda que de momento, o processo de fusão não determinará qualquer mudança. Se houver, se dará por ordem técnica e oportunidade de mercado. “Estamos criando uma nova Hering e um novo Grupo Soma. E isso precisa ser construído a longo prazo”, resumiu.

Sobre o investimento de R$ 131 milhões anunciado no início do ano, onde R$ 85 milhões seriam aplicados em transformação digital, Fábio Hering confirmou a manutenção. Mas os valores poderão ter mudanças em razão da fusão. No entanto, não haverá qualquer movimentação antes da aprovação do processo de fusão por parte dos acionistas e do CADE.

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