Série de vídeos sobre sustentabilidade celebram 86 anos da Fundação Hermann Hering

Com o título “Roupa dá em árvore?” o Museu Hering e Fundação Hermann Hering lançam série de vídeos sobre sustentabilidade e buscam novas formas de pensar a moda e o consumo sustentável. O lançamento oficial será nesta quarta-feira, dia 3 de fevereiro, data em que a Fundação Hermann Hering celebra seu aniversário de 86 anos.

Os vídeos serão compartilhados nos perfis do Instagram do Museu Hering (@museuhering) e da Fundação Hermann Hering (@fundacaohermannhering) e ainda no canal de Youtube e site da Fundação Hermann Hering (http://fundacaohermannhering.org.br/), ampliando assim o número de pessoas impactadas. E o primeiro episódio já está disponível, com o título: “Roupa dá em Árvore? É possível produzir de forma sustentável?” 

Clique aqui para assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=2TkSg8xn3ww&list=PLyOWn1taOw3zy2Jj8T-x-lrNwijRgoCHC

O projeto é fruto do Edital de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Fritz Müller com produção da Dois Pontos: Una!

Desde 2010, o Museu Hering e a Fundação Hermann Hering vêm promovendo projetos, reflexões e debates sobre temáticas que envolvem a cultura, o empreendedorismo sustentável, a museologia e a moda. Nos últimos meses, uma rede de profissionais de diferentes áreas esteve dedicada ao projeto “Conhecimento em construção: práticas sustentáveis na visita ao Museu Hering”, contemplado pelo Edital de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Fritz Müller (2019).

A iniciativa foi viabilizada por meio de premiação no valor de R$ 10.000,00 (em formato de apoio financeiro) e o objetivo principal é o desenvolvimento de vídeo aulas direcionadas a estudantes de ensino fundamental e aos visitantes do Museu Hering, um público diverso, de diferentes faixas etárias de realidades socioculturais. A proposta segue alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, especialmente no que concerne à educação inclusiva, equidade, bem-estar social e industrialização sustentável.

A série de cinco vídeo-aulas (de 90 segundos cada) e o teaser de divulgação (de 30 segundo) levam como título a pergunta “Roupa dá em Árvore?” Os vídeos são elaborados com a técnica de colagens, possuem janela de Libras e links para descrição visual do material em separado, no formato utilizado nas redes sociais com a #paratodosverem.

Conforme explica a mediadora Kahina Hostin: “Um aspecto que recebeu cuidado especial em toda a elaboração das vídeo-aulas foi a acessibilidade. Desde o início, o objetivo foi tornar estes materiais acessíveis e representativos para todos os públicos, desde a escolha dos elementos visuais até a inclusão de recursos sensorial, interprete de Llibras, legendagem para surdos e ensurdecidos e descrição visual no formato #paratodosverem”.

A construção dos vídeos foi colaborativa até o último segundo, motivo de grande orgulho para toda a equipe do Museu Hering. “Os vídeos nascem justamente em um momento de renovação do espaço expositivo do Museu e a elaboração motivou reflexões essenciais. Não serão apenas um recurso adicional à exposição. Mais do que isso, esses vídeos irão apresentar um direcionamento a todo o núcleo educativo do Museu Hering, que tem agora em seu repertório um material atualizado e divertido”, explicou Daniel Knop, analista em projetos da Fundação Hermann Hering.

A história da Fundação Hermann Hering

A Fundação Hermann Hering nasceu em 1935, durante a gestão de Curt Hering, filho mais novo de Hermann e Minna Hering, em comemoração ao centenário de nascimento de seu pai. Friedrich Hermann Hering, juntamente com seu irmão Bruno Hering, fundou a Cia. Hering.

Com uma visão à frente de seu tempo e sempre demonstrando os valores da família, Curt instituiu a Fundação como o braço social da empresa, objetivando inicial oferecer aos operários da antiga Gebrüder Hering e seus familiares, benefícios e assistencialismo social. De suas ações, além de creche, saúde, refeitórios, seguros de vida em grupo e até mesmo a manutenção de uma escola primária no Bom Retiro, destinada aos colaboradores e seus dependentes, surgiram embriões de Cooperativa de Abastecimento que deu origem a Cooper, e da Cooperativa de Crédito, nascedouro da Viacredi. Coube ainda a Fundação administrar a Vila Operária entre 1957 e o início de 1970. Uma ampla rica história que iremos detalhes em reportagens do Viver Bom Retiro nos próximos meses.

Com o passar dos anos e as mudanças na sociedade, tais benefícios foram naturalmente incorporados pela empresa, fazendo com que a Fundação desempenhasse uma nova função. No ano de 2011 ocorre uma revisão em seu estatuto e com este movimento nasce um novo propósito: “Ampliar a capacidade empreendedora e ser agente de transformação social por meio da produção e disseminação do conhecimento no campo da moda.” Este momento de transformação abre portas para uma nova forma de pensar as ações e chega para possibilitar a elaboração de projetos cada vez mais direcionados, guiando os objetivos estratégicos para os próximos anos.

Moda é expressão. Moda é a narrativa do tempo. Ela é mais que vestuário: é comportamento, gastronomia, cultura; é trocar o carro pela bicicleta, é a relação que temos com a cidade. Ela pode ser uma ferramenta para provocar o empreendedorismo. Pode também ser uma plataforma de educação e de transformação para o mundo que desejamos.

A Fundação acredita na potência do fazer juntos e contribui para que o futuro da moda seja mais justo, sustentável e responsável. Trabalham pela construção de uma sociedade onde os novos profissionais utilizam seus talentos com protagonismo e vontade de buscar um novo jeito de fazer as coisas.

Ao preservar o legado de uma empresa com 140 anos de história que é referência no design de moda e varejo, a meta é impulsionar as novas gerações para a construção de uma jornada rica em aprendizados. Assim, se posiciona como agente multiplicador do empreendedorismo de movimentos criativos e inovadores.

Sobre o Edital da Fundação Fritz Muller

A proposta do edital é fomentar projetos que “desenvolvam ações voltadas às necessidades de determinada comunidade ou público diretamente beneficiado e que contribuam para o desenvolvimento sustentável, obrigatoriamente alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas”. A proponente do projeto foi Amélia Malheiros, gestora da Fundação Hermann Hering.

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