Nem a pandemia foi motivo suficiente para segurar os preços. Já não bastavam os aumentos de produtos alimentícios, nas gondolas dos mercados, e de outros itens de primeira necessidade, agora teremos reajuste nas tarifas de água e nas contas de energia elétrica.
O SAMAE divulgou um reajuste da ordem de 3,9% a partir de 01 de janeiro. Na justificativa, informam que o cumprimento da Resolução Normativa nº 008, de 05 de junho de 2019, em atenção ao disposto na cláusula oitava, incisos I, alínea “d” e XI, do Protocolo de Intenções da AGIR, firmado pelo Município de Blumenau e ratificado pela Lei Complementar nº 177 de 2017, e Procedimento Administrativo nº 138/2020, da Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos Municipais do Médio Vale do Itajaí (AGIR).
Também se pautam na pauta no o artigo 37 da Lei Federal nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.217/2010, autorizando reajuste anual.
A tabela reajustada está disponível no site do SAMAE: http://www.samae.com.br/pagina/123_Reajuste-dos-servicos-de-abastecimento-de-agua—2015.html
Mais 8,14% na conta de luz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reativou o sistema de bandeira tarifárias e definiu a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de dezembro, a mais alta, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora consumidos. Com isso, as faturas que chegarem após o consumo de dezembro serão mais caras em 8,14%.
Em maio deste ano, em razão da pandemia de Covid-19, a Aneel havia decidido manter a bandeira verde acionada até 31 de dezembro deste ano. Entretanto, numa reunião extraordinária ocorrida no último dia 30, a diretoria do órgão avaliou que a queda no nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a retomada do consumo de energia justificavam o aumento.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de apresentar um valor que já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.
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