A TV VIVER BOM RETIRO, em sua última entrevista da série de três com Eder Boron, presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FAEMA), trouxe à tona o problema dos resíduos que frenquentemente aparecem no Ribeirão Bom Retiro e suspensos no ar, causando desconforto para moradores.
Boron explicou que a Fundação realizou vistorias, visitando inclusive as empresas da região, checando como os resíduos são tratados e despejados no ribeirão e até os filtros. “Até o presente momento não identificamos nenhum tipo de crime ambiental”, revelou Boron. Houve coleta de materiais enviados para análise.
Caso chegou ao Ministério Público
Seus resultados foram parar nas mãos do Ministério Público do Meio Ambiente. Ele indeferiu um pedido de instauração para investigação, determinando o arquivamento dos autos, por não haver a identificação do material em suspensão, observado pelos moradores.
A origem do pedido de investigação
Na decisão, o promotor de justiça Leonardo Todeschini explicou que o pedido foi instaurado a partir de informações encaminhadas à promotoria de justiça pela empresa BRK Ambiental, contendo resposta à associação de moradores do bairro acerca das reclamações da mesma sobre os materiais em suspensão observados no ribeirão.
Em resposta ao MP, a concessionária explicou que com base nas fotos recebidas e nos relatos de sua equipe técnica: “o efluente despejado no ribeirão não possui características de esgoto sanitário”, conforme está escrito na parte inicial da decisão do Promotor Leonardo Todeschini.
A FAEMA também encaminhou quatro relatórios de fiscalização, onde foi constatado que as empresas Eurofios e Cia. Hering não possuem lançamento de efluentes no ribeirão, pois não realizam tingimento, nem estamparia nas unidades fabris.
Ainda segundo resposta da FAEMA para a Promotoria do Meio Ambiente: “Até o momento não foi possível encontrar o infrator, haja vista que boa parte do córrego é tubulado e passa por baixo das empresas.”
Fiscalização da FAEMA prossegue
Independente do processo arquivado, o presidente da FAEMA garantiu a continuidade da fiscalização e a comunicação para comunidade quando conseguirem descobrir a origem desses poluentes.
O mesmo procedimento foi adotado com os resíduos que apareceram no ar, mas descartou o risco dos mesmos para saúde, apenas o incomodo com o rastro de sujeira deixada.
O comprometimento das empresas
Falou do comprometimento ambiental e social das empresas que circundam a região. Elas trabalham com tratamento de resíduos, contribuindo em muito com a manutenção qualidade ambiental, seja nos recursos hídricos, quanto com a vegetação. Mesmo assim, elas receberam prazo para eventuais adequações, diminuindo ainda mais o risco de impactos.
A importância da comunidade fiscalizando
A importância do papel fiscalizador da comunidade foi destacado por Eder Boron. Ele espera que sigam contribuindo com o trabalho da FAEMA. “A comunidade são os olhos da FAEMA para que possamos fazer toda fiscalização possível”, conclamou.
Reportagem: Giovani Vitória | Jornalista | Informe Comunicação | Editor do VIVER BOM RETIRO
Imagens e Edição: Raphael Guilherme Moser | Cinegrafista e fotógrafo | Colaborador da | Informe Comunicação e do VIVER BOM RETIRO
Fotos: Moradores do bairro e reprodução
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